A colheita da soja e a semeadura do algodão estão acontecendo mais rápido do que a média dos últimos cinco anos, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta sexta-feira, 26.
Segundo o órgão do Mato Grosso, 21,51% da área de soja no estado já está colhida, ante os 13,61% da safra 2022/2023. Nos cinco anos passados, o percentual foi de 18,03%. Isso acontece porque algumas áreas plantadas em outubro, maiores vítimas da estiagem no Centro-Oeste, já estão na fase de colheita.
Caso o produtor perca o período certo de colher, isso pode prejudicar a soja que já evoluiu, inclusive por causa das chuvas. O índice pluviométrico em regiões mato-grossenses voltou a melhorar entre o fim de dezembro e em janeiro. No entanto, agora a chuva já não é tão bem-vinda para quem está em ponto de colheita — e é por isso que as máquinas aceleram os trabalhos no campo. Quem deixou para plantar depois ou precisar replantar, enfrenta outro cenário.
Algodão avançado
Na esteira desta velocidade da soja, o Imea mostra que o algodão também está com a semeadura mais avançada que a média dos últimos cinco anos. Para o dia 26 de janeiro nas safras de 2018/2019 a 2022/2023, a área dedicada ao algodão no estado esteve com 60,87% do plantio feito. Já em 2023/2024, 77,05% da semeadura está pronta.
"No campo, as atividades estão concentradas no plantio da nova safra. No estado de Mato Grosso, o plantio está adiantado, em comparação à safra passada. Cabe salientar que, no ano passado, o plantio foi atrasado devido ao excesso de chuvas", afirma a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) em nota.
Ainda segundo a entidade da cotonicultura, a estimativa de crescimento da área plantada de algodão no país é de 11,6%. O Brasil deverá plantar 1,87 milhão de hectares, com produção, preliminarmente aguardada, de 3,37 milhões de toneladas, 3,1% mais em relação à safra recém-colhida. Ao olhar o plantio nacional, de acordo com a Abrapa, o plantio está concluído em 47% da área.